Hoje, vamos falar sobre as principais tendências do mercado de energia para 2023. De acordo com com uma projeção de mercado de commodities recém divulgada pela Wood Mackenzie, o mundo irá consumir mais petróleo, mas também adotará novas políticas de transição energética.
No ano passado, a consultoria destaca que a demanda global estava diminuindo e fechou o 4º trimestre de 2022 com um declínio de 1,2 milhão de barris/dia, em média, na comparação com igual período de 2021. Começando pelo petróleo, a demanda global deverá crescer cerca de 2,3 milhões de barris por dia em 2023, impulsionada principalmente pelo setor de transporte. no entanto, países como china e índia estão investindo cada vez mais em tecnologias limpas, o que pode reduzir a dependência desses países do petróleo no longo prazo.
Para 2023, no entanto, a expectativa é de desaceleração. Os chineses continuarão a comprar e os produtores independentes dos EUA continuarão a garantir acordos, de olho nos preços globais elevados.
Além disso, a transição para fontes de energia renovável também deverá ganhar força em 2023. Muitos países estão estabelecendo metas ambiciosas para reduzir as emissões de dióxido de carbono e aumentar a participação de fontes renováveis em sua matriz energética. Esse movimento abre espaço para o crescimento de segmentos como energia solar, eólica e hidrelétrica.
Mas o que isso significa para o mercado de metais? De acordo com analistas, os preços de metais como cobre e níquel deverão cair, já que a menor demanda por combustíveis fósseis pode impactar diretamente a demanda por energia renovável. no entanto, o setor de mineração deverá continuar em expansão, principalmente em países como Brasil e Austrália, onde há um grande potencial de crescimento.
Outra tendência importante é a consolidação do mercado de energia. cada vez mais empresas estão se unindo para ganhar escala e enfrentar os desafios do setor, como a volatilidade dos preços e a necessidade de investir em novas tecnologias. no brasil, já vimos a fusão da edp e ctg brasil, assim como a criação da neoenergia, após a fusão da elektro e celpe.
Os árabes também aumentarão os investimentos em descarbonização – o que estimulará outros países do Oriente Médio a seguir o exemplo. A Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) anunciou em novembro sua meta “net zero” para 2050 e já começou a agir: é, até agora, a única estatal da região a buscar fusões e aquisições em energias renováveis, ao entrar no projeto de hidrogênio H2Teeside, no Reino Unido, ao lado da bp.
Vale destacar o papel crescente da digitalização na indústria de energia, onde muitas empresas estão adotando tecnologias como inteligência artificial e blockchain para otimizar sua produção, aumentar a eficiência energética e reduzir custos. Essa é uma tendência que deverá se consolidar ainda mais nos próximos anos.
Em resumo, o mercado de energia em 2023 será marcado por um equilíbrio entre a demanda crescente por petróleo e a transição para fontes renováveis. As empresas deverão se consolidar para enfrentar a volatilidade dos preços e a digitalização será cada vez mais presente em toda a cadeia de produção. É importante acompanhar essas tendências para entender como elas podem impactar seu negócio e tomar decisões estratégicas para se adaptar a esse novo cenário.